O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal cumpriu o mandado por volta das 6h, conduzindo o ex-chefe do Executivo para a Superintendência da PF. No local, Bolsonaro permanecerá em uma sala de Estado, espaço reservado a autoridades com prerrogativas de foro.
De acordo com fontes, a prisão preventiva foi motivada por um suposto risco à ordem pública. A Polícia Federal emitiu nota oficial confirmando o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido pelo STF. A PF ressaltou que a medida é de natureza cautelar, não está vinculada ao cumprimento de pena e tem caráter provisório.
Bolsonaro já se encontrava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, também por ordem de Alexandre de Moraes. O ministro o acusou de violar restrições judiciais, utilizando perfis de aliados, incluindo seus filhos parlamentares, para disseminar mensagens que seriam um “incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
A prisão deste sábado ocorre em meio a uma condenação ainda pendente de análise de recursos. Em setembro, o STF sentenciou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A defesa do ex-presidente contesta a decisão, que ainda não transitou em julgado.
Na sexta-feira (21), a defesa de Bolsonaro protocolou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes solicitando a substituição do regime fechado por prisão domiciliar humanitária. Os advogados alegaram que Bolsonaro apresenta um “quadro clínico grave”, sofre de “múltiplas comorbidades” e que sua ida para o sistema prisional comum representaria um “risco concreto à vida”. O pedido ainda não foi analisado.