O governo peruano anunciou nesta quarta-feira a decretação de estado de emergência em todo o território nacional, acompanhado da mobilização das Forças Armadas. A medida drástica, com validade inicial de 60 dias, visa conter o agravamento da crise migratória e o crescente índice de criminalidade que assolam o país.
A decisão, publicada em decreto oficial, implica na restrição de diversos direitos civis, como a liberdade de reunião e a inviolabilidade domiciliar. Segundo fontes do governo, a ação é necessária para garantir a ordem pública e a segurança dos cidadãos peruanos face aos desafios impostos pelo fluxo migratório e pelas ações de grupos criminosos.
“Estamos em uma situação crítica que exige medidas excepcionais”, declarou um porta-voz do governo em pronunciamento à imprensa. “A presença das Forças Armadas nas ruas é fundamental para apoiar as forças policiais e garantir o cumprimento da lei”. A população, contudo, demonstra preocupação com o impacto das restrições em suas liberdades individuais.
O estado de emergência permitirá que as forças de segurança realizem operações de busca e apreensão sem mandado judicial, além de controlar o tráfego de pessoas e veículos em áreas consideradas de risco. O governo espera que a medida contribua para a redução da criminalidade e para uma gestão mais eficiente da crise migratória, mas críticos alertam para o risco de abusos e violações dos direitos humanos.
A medida já gera debates acalorados entre defensores dos direitos humanos, políticos e a sociedade civil. Enquanto alguns defendem a necessidade de ações enérgicas para combater a criminalidade e controlar a imigração, outros manifestam preocupação com os possíveis excessos e o impacto negativo nas liberdades individuais dos cidadãos peruanos.
