O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparecerá à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado na próxima terça-feira, dia 9. A oitiva, que marca o sexto encontro da CPI, focará no orçamento destinado às instituições de combate ao crime organizado no Brasil, um tema crucial para o avanço das investigações.
A presença de Lewandowski é vista como uma oportunidade fundamental para a CPI aprofundar sua análise. O objetivo é entender melhor a atuação integrada entre os órgãos federais e estaduais no combate ao crime, além de avaliar a necessidade de aumentar os recursos destinados ao enfrentamento das facções criminosas que atuam no país.
Segundo o senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da comissão, a CPI busca um “diagnóstico rigoroso das brechas que fragilizam o enfrentamento do crime organizado e alimentam a certeza da impunidade”. Ele ressalta que as oitivas realizadas até o momento apontam para a necessidade de investimento real, contínuo e estruturado para que o combate ao crime organizado seja efetivo.
Ainda durante a reunião deliberativa da última quarta-feira, a CPI aprovou a convocação de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. Ele é suspeito de envolvimento com o Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do estado, e é investigado por intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos militares, além de nomear integrantes do CV para cargos na Alerj.
A crise envolvendo TH Joias também resultou na prisão do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União-RJ), acusado de vazar informações da investigação ao ex-deputado. A convocação de TH Joias e a oitiva de Lewandowski são parte dos esforços da CPI para investigar a fundo o crime organizado e suas ramificações no país.
Fonte: http://vistapatria.com.br
