A possível candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência em 2026 agitou o cenário político nacional, provocando uma onda de reações que vão desde o apoio incondicional de aliados até críticas e ironias de opositores. O anúncio, feito na última sexta-feira (5), coloca o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como um potencial nome para a direita nas próximas eleições.
Flávio Bolsonaro declarou ter recebido a missão do próprio pai, atualmente preso, de manter vivo o projeto político defendido nos últimos anos. “Recebi do meu pai a grande responsabilidade de manter vivo o projeto que defendemos nos últimos anos”, publicou em suas redes sociais. A indicação surge em um momento de incerteza para o bolsonarismo, com o ex-presidente inelegível e cumprindo pena.
A reação entre os partidos de esquerda foi imediata. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) minimizou a candidatura, reafirmando a confiança na reeleição de Lula. Em tom semelhante, o ministro Guilherme Boulos (PSOL) ironizou a situação, afirmando que “Lula derrotou o pai e vai derrotar o filho”.
Dentro do espectro da direita, as opiniões se mostraram diversas. Enquanto parlamentares como Eduardo Bolsonaro e Mário Frias manifestaram apoio irrestrito, outros nomes como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, que também almejam a Presidência, demonstraram respeito pela decisão, mas reafirmaram suas próprias pré-candidaturas.
Apesar do apoio de figuras importantes do PL, pesquisas recentes indicam que Flávio Bolsonaro ainda enfrenta um desafio considerável para alcançar a Presidência. Um levantamento AtlasIntel/Bloomberg aponta Lula com 47,3% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto Flávio Bolsonaro aparece com 23,1%. O cenário político para 2026 permanece incerto e dinâmico.