A Operation Bluebird busca reaver a marca Twitter e criar nova rede social
Startup Operation Bluebird desafia a X Corp. em disputa pela marca Twitter.
Disputa pela marca Twitter e a iniciativa da Operation Bluebird
A disputa pela marca Twitter ganhou um novo capítulo com a startup Operation Bluebird solicitando ao Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO) o cancelamento da titularidade da marca pela X Corp. A empresa alega que o antigo Twitter, agora rebatizado como X, teria abandonado legalmente o uso das marcas “Twitter” e “Tweet”, permitindo que terceiros reivindicassem seu uso.
Liderada pelo advogado Michael Peroff e Stephen Coates, ex-funcionário do Twitter entre 2014 e 2016, a startup também protocolou uma aplicação para registrar o nome “Twitter” e utilizá-lo em uma nova rede social chamada Twitter.new. Esta nova plataforma promete resgatar a experiência clássica do Twitter, incorporando novas ferramentas de segurança e controle sobre o conteúdo consumido.
O argumento da startup e o contexto da mudança
Coates declarou que a proposta da Twitter.new visa oferecer uma rede social que se assemelha ao modelo do antigo Twitter, mas com inovações em moderação e checagem de fatos, utilizando recursos de inteligência artificial. A petição da Operation Bluebird destaca uma declaração de Elon Musk sobre a marca: “em breve, nos despediremos da marca Twitter e, gradualmente, de todos os pássaros”.
A X Corp. terá até fevereiro para responder à petição da startup. Para que um registro de marca seja cancelado por abandono, é necessário demonstrar que não houve uso da marca por três anos consecutivos ou que o proprietário não tem intenção de retomar seu uso. Juristas apontam que a startup apresenta um argumento consistente, mas a questão é complicada pelo conceito de “goodwill residual”, que pode indicar que a marca ainda é reconhecida pelo público.
O impacto da mudança de nome e a percepção do público
Roberts, professora de Direito da Northeastern University, enfatiza que muitos usuários ainda se referem à plataforma como “Twitter” e às suas postagens como “tweets”, o que pode fortalecer a ideia de que a marca não foi completamente abandonada. A disputa pode se prolongar por anos, com o processo administrativo podendo levar de dois a três anos, e uma eventual judicialização acrescentando ainda mais tempo à resolução do caso.
Preparação para a batalha legal
Apesar da possibilidade de demora, a Operation Bluebird afirmou estar pronta para prosseguir com o processo. Especialistas em propriedade intelectual acreditam que será desafiador comprovar o abandono total da marca. Douglas Masters, advogado da área, acredita que é improvável que a X Corp. tenha realmente renunciado a todos os direitos associados ao nome Twitter, mesmo após a transição para X.
A startup mantém sua confiança em sua argumentação e se diz pronta para enfrentar a X Corp. tanto no USPTO quanto nos tribunais, se necessário.
