O filme destaca a trajetória revolucionária de Waldemar Ruy dos Santos na cultura sertaneja.
O filme 'Asa Branca – A Voz da Arena' retrata a revolução trazida por Waldemar Ruy dos Santos no rodeio brasileiro.
A Revolução do Rodeio
A estreia do filme “Asa Branca – A Voz da Arena” nesta quinta-feira (18/12) representa um marco na cultura sertaneja. O longa não é apenas uma biografia, mas um testemunho da transformação estética e profissional que Waldemar Ruy dos Santos, conhecido como Asa Branca, trouxe ao rodeio brasileiro. Ao longo da década de 1990, ele não apenas narrou montarias, mas as transformou em verdadeiros espetáculos que atraíam milhares de pessoas.
O Ícone por Trás da Voz
Waldemar Ruy dos Santos nasceu em Turiúba, SP, e se destacou como mais do que um simples locutor. Antes de sua ascensão, a narração de rodeios era feita de forma distante e estática. Asa Branca foi pioneiro ao se aproximar do público, utilizando microfones sem fio e incorporando elementos de superprodução, como chegadas de helicóptero e aberturas com músicas populares. Ele se tornou uma figura carismática, quase um rockstar, deixando um legado que moldou a forma como os eventos de rodeio são realizados até hoje.
Da Montaria ao Microfone
O filme aborda a mudança radical na vida de Waldemar. Seu sonho inicial era ser peão de boiadeiro, mas um acidente grave interrompeu sua carreira nas montarias e o levou a descobrir seu verdadeiro talento. Durante a recuperação, ele ouviu fitas de narração que o inspiraram a seguir uma nova vocação. O roteiro do filme explora essa jornada, desde o trágico acidente até seu sucesso estrondoso e os desafios enfrentados no início dos anos 2000.
Capturando a Essência do Personagem
A responsabilidade de trazer Asa Branca à vida nas telonas ficou com o ator Felipe Simas. Ele comentou sobre a dificuldade de interpretar um personagem tão expansivo, oposto à sua natureza reservada. “O Asa era um homem que vivia tudo no limite”, disse Simas, evidenciando a intensidade que o locutor trazia para sua profissão.
Autenticidade nas Telas
Para garantir a autenticidade do filme, o diretor Guga Sander escolheu Fernandópolis como a principal locação. A cidade, que tem uma conexão profunda com a história de Asa Branca, ofereceu a atmosfera perfeita para reviver essa narrativa. A comunidade local celebrou a produção, que eterniza a memória de um ícone do rodeio brasileiro e que ressoa fortemente com as raízes da cultura sertaneja.

