Desafios regulatórios e de segurança atrasam negociações bilionárias.
EUA adiam acordo de US$ 40 bilhões com Reino Unido devido a preocupações regulatórias.
Os recentes desdobramentos nas negociações entre os Estados Unidos e o Reino Unido evidenciam um cenário de incerteza que pode impactar seriamente a colaboração tecnológica entre as duas nações. O acordo, avaliado em impressionantes US$ 40 bilhões, foi inicialmente celebrado como um marco na aproximação dos dois países, especialmente em áreas como inteligência artificial e computação quântica.
A importância do Acordo de Prosperidade Tecnológica
Este pacto, que foi estabelecido durante a visita do então presidente Donald Trump ao Reino Unido, simbolizava uma nova era de cooperação, com promessas de investimentos significativos de gigantes da tecnologia como Microsoft e Google. Porém, à medida que as discussões avançaram, as tensões começaram a surgir, especialmente em relação às regulamentações britânicas.
Os EUA expressaram preocupações sobre as regras de segurança online do Reino Unido, que incluem um imposto sobre serviços digitais e normas de segurança alimentar. Autoridades americanas demonstraram frustração, ressaltando que as medidas regulatórias britânicas poderiam dificultar a fluidez do comércio e a colaboração tecnológica.
Desafios nas negociações
Apesar de o Reino Unido ter se comprometido a reduzir algumas tarifas em maio, a implementação dessas medidas foi lenta e cheia de entraves. Setores como o siderúrgico ainda estão paralisados, enquanto um acordo-quadro na área farmacêutica foi firmado apenas recentemente. Isso levanta questões sobre a eficácia das negociações e a possibilidade de que novos obstáculos surjam no futuro.
Ministros britânicos, por sua vez, argumentam que a expansão das exportações de carne bovina dos EUA não comprometeria os padrões locais, indicando que o país está aberto ao diálogo. No entanto, enfatizam que as discussões sobre impostos e regulamentações digitais não estão em pauta, o que pode ser um ponto de discórdia nas conversas futuras.
O futuro das relações EUA-Reino Unido
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico Keir Starmer ressaltou que as conversas continuam, descrevendo o processo como complexo e demorado. Apesar das dificuldades, ele afirma que a relação com Washington permanece forte. O secretário de Comércio dos EUA, Peter Kyle, visitou recentemente Washington em uma tentativa de destravar as negociações, que devem retomar em janeiro de 2026.
Com a promessa de investimentos massivos em tecnologia, a expectativa é que o Acordo de Prosperidade Tecnológica ainda possa ser um pilar importante para a colaboração entre os dois países, mas os desafios regulatórios precisam ser superados para que isso se concretize.
