Um procedimento que salva vidas e desmistifica conceitos.
O transplante de medula óssea é um procedimento vital que salva vidas, substituindo células doentes por saudáveis.
O transplante de medula óssea e sua importância
O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento que tem ganhado destaque por sua capacidade de salvar vidas. Este processo, embora cercado de mitos, é fundamental para pacientes que enfrentam doenças hematológicas graves, como leucemias e linfomas. A medula óssea, que produz as células sanguíneas essenciais, pode ser substituída por células saudáveis, proporcionando uma nova oportunidade aos pacientes.
O que é a medula óssea?
A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, responsável pela produção das células-tronco hematopoéticas. Essas células são essenciais para a formação de hemácias, leucócitos e plaquetas. Quando a medula apresenta falhas, seja por doenças ou tratamentos agressivos como a quimioterapia, o transplante se torna a solução.
Como é realizado o transplante?
O transplante de medula óssea geralmente ocorre em duas etapas principais: a coleta e a infusão. Para a coleta, existem dois métodos principais:
1. Punção direta: Nesta técnica, a medula é retirada do osso da bacia utilizando agulhas especiais em um ambiente cirúrgico. O procedimento é feito sob anestesia e dura cerca de 90 minutos, com internação de 24 horas.
2. Aférese: Este método envolve a coleta de células-tronco a partir do sangue do doador. A pessoa recebe medicação para aumentar a produção de células-tronco, que são então filtradas de seu sangue. Não requer internação, mas pode causar desconforto temporário.
Após a coleta, a medula pode ser infundida imediatamente no paciente ou congelada para uso posterior. A infusão é semelhante a uma transfusão de sangue, onde a nova medula é administrada pela veia, onde se instala nos ossos e começa a produzir novas células sanguíneas.
Indicações para o transplante
O transplante é indicado em casos de doenças que afetam as células do sangue, como leucemias, anemias graves e algumas doenças autoimunes. Para muitos pacientes, o TMO representa a única esperança de cura quando outros tratamentos falharam.
Como se tornar um doador
Para se tornar um doador de medula óssea no Brasil, é necessário se cadastrar no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) em um hemocentro, onde será coletada uma amostra de sangue para a análise de compatibilidade. O ideal é que os doadores tenham entre 18 e 35 anos e estejam em boa saúde. A doação de medula é um ato de solidariedade que pode salvar vidas e, após a doação, o corpo do doador repõe a medula em algumas semanas.
O transplante de medula óssea, portanto, não é apenas um procedimento médico; é uma oportunidade de renovação e esperança para muitos pacientes que dependem desse ato de generosidade para sobreviver.



