Tecnologia inspirada em origami promete revolucionar missões na Lua.
A nova roda robótica sem ar, inspirada em origami, promete facilitar a exploração lunar.
Inovação na exploração lunar
A exploração lunar está prestes a ganhar um novo impulso com a criação de uma roda robótica sem ar, desenvolvida por uma equipe do KAIST (Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia) em parceria com o UEL (Laboratório de Exploração Não Tripulada). Essa tecnologia inovadora foi projetada para enfrentar terrenos extremos da Lua, permitindo que rovers compactos alcancem áreas até então inacessíveis.
O desafio da exploração lunar
Historicamente, a exploração da Lua tem sido limitada pelo tamanho e peso dos rovers. A necessidade de veículos grandes e pesados para navegar em superfícies desafiadoras impediu a realização de missões mais audaciosas. Os novos tubos de lava e poços naturais na Lua apresentam riscos, mas também oferecem oportunidades como abrigos naturais contra radiação e temperaturas extremas.
A solução: uma roda adaptável
A nova roda, inspirada em princípios do origami e na ponte de Leonardo da Vinci, é capaz de mudar de tamanho, expandindo-se de 230 milímetros para quase 500 milímetros de diâmetro. Essa transformação ocorre sem partes móveis, utilizando tiras metálicas elásticas organizadas em um padrão helicoidal, eliminando a necessidade de juntas e articulações, que são vulneráveis em ambientes hostis como a Lua.
Testes e resultados promissores
Os primeiros testes em solo lunar simulado mostraram que a roda possui excelente tração e resistência. Ela conseguiu superar obstáculos inclinados de até 34 graus e absorver impactos severos, como se tivesse caído de uma altura equivalente a 100 metros na gravidade lunar. Esses resultados são promissores para futuras missões, onde a robustez e a adaptabilidade são cruciais.
Futuras missões no horizonte
Com essa nova tecnologia, a exploração de ambientes lunares complexos pode se tornar mais viável. Os pesquisadores acreditam que a roda robótica sem ar pode facilitar o uso de enxames de rovers, aumentando a eficiência e a segurança das missões. Apesar de desafios como energia e comunicação ainda serem uma preocupação, a inovação promete abrir novos caminhos para a exploração do nosso satélite natural.
A pesquisa foi publicada na edição de dezembro da revista científica Science Robotics, destacando a importância e o potencial desta inovação para o futuro da exploração espacial.



