A morte de um felino jovem levanta questões sobre a proteção da fauna.
A morte de uma onça-parda na RSC-377 destaca a vulnerabilidade da espécie e a necessidade de medidas de proteção.
A morte de uma onça-parda na RSC-377, ocorrida na manhã de 16 de dezembro de 2025, traz à tona uma questão crítica sobre a proteção da fauna silvestre. O episódio, que se desenrolou nas proximidades do município de Cruz Alta, destaca a crescente vulnerabilidade desses animais diante da expansão das rodovias e do aumento do tráfego.
A importância de discutir a segurança da fauna
O felino, identificado como uma fêmea juvenil do Puma concolor, foi encontrado por motoristas que transitaram pela estrada e alertaram as autoridades. A Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) foi chamada para atender a ocorrência e recolher o corpo do animal, que posteriormente foi destinado à Universidade de Cruz Alta (Unicruz) para análise e preservação.
A triagem realizada pelos especialistas revelou que a onça tinha entre 11 meses e um ano. A universidade planeja preservar o corpo por meio do congelamento, com o objetivo de realizar a taxidermia. O espécime irá compor o acervo da instituição, servindo como material didático para promover a educação ambiental e conscientizar a população sobre a importância da preservação da fauna.
Frequência dos atropelamentos: um cenário alarmante
Infelizmente, este não é um caso isolado. Dados coletados pela Unicruz indicam que este é o terceiro atropelamento fatal de onças-pardas na mesma região em menos de um ano. Esse padrão preocupante lança luz sobre a necessidade urgente de medidas que visem a proteção dos habitats naturais e a segurança dos animais que neles habitam.
A onça-parda, também conhecida como leão-baio, é o segundo maior felino das Américas. Sua população já é naturalmente baixa, e a perda de um indivíduo jovem compromete ainda mais a manutenção genética da espécie na região. O impacto negativo da fragmentação de habitats devido à expansão rodoviária é um fator que contribui para a diminuição do seu número, colocando-a em uma lista de espécies ameaçadas no estado.
Medidas necessárias para proteção
Organizações como o Zoológico de Cachoeira do Sul e o Ibama estão atentas ao monitoramento das populações de onças-pardas e outras espécies ameaçadas. No entanto, a conscientização da população é igualmente crucial. É preciso que motoristas e a comunidade em geral estejam cientes dos riscos e da importância de respeitar os limites de velocidade nas rodovias, especialmente em áreas conhecidas pela presença de fauna silvestre.
O atropelamento de uma onça-parda é mais do que uma tragédia isolada; é um reflexo da luta contínua pela preservação da biodiversidade. Para garantir um futuro para esses magníficos animais, ações efetivas de conservação e educação ambiental são essenciais, unindo esforços para proteger a fauna em nosso estado e além.



