Mato Grosso avança na sustentabilidade da pecuária com nova lei

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Iniciativa busca rastreabilidade e valorização da produção local.

Nova política de sustentabilidade vai implementar rastreabilidade na pecuária de Mato Grosso a partir de 2026.

A nova era da pecuária em Mato Grosso

Mato Grosso, um dos líderes na produção de carne bovina no Brasil, está prestes a entrar em uma nova era de sustentabilidade e transparência na sua cadeia produtiva. O governador Mauro Mendes sancionou, em 17 de dezembro de 2025, uma política estadual que visa implementar um sistema de rastreabilidade e monitoramento socioambiental de seu rebanho, conhecido como Passaporte Verde. Com início em 2026, essa iniciativa promete não apenas atender às exigências atuais do mercado, mas também preparar o estado para um futuro mais sustentável.

O que é o Passaporte Verde?

O Passaporte Verde é uma estratégia que busca garantir a produção de carne alinhada ao Código Florestal e às demandas internacionais por alimentos produzidos de forma responsável. O programa será implementado em etapas, permitindo que pequenos e médios produtores se adequem gradualmente às novas normas. A partir de 2033, o controle dos animais será feito desde o nascimento até o abate, utilizando bases de dados oficiais e sistemas de controle sanitário.

Segundo Caio Penido, presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), essa política é uma resposta necessária às crescentes demandas por transparência e responsabilidade socioambiental na produção de alimentos. Ele enfatiza que a medida não exclui ninguém, criando oportunidades para todos os produtores, independentemente do tamanho de suas propriedades.

Detalhes da implementação

A nova legislação estabelece um cronograma que acompanha o Plano Nacional de Identificação de Bovinos (PNIB), visando facilitar a adaptação dos pequenos produtores. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que o Passaporte Verde representa um avanço histórico, permitindo que Mato Grosso consolide sua posição como um dos maiores fornecedores de proteína animal sustentável no mundo.

Miranda ressaltou que o projeto foi desenvolvido em conjunto com pecuaristas, indústrias e o governo, atendendo às necessidades de todos os envolvidos na cadeia produtiva. Isso garante que a política seja não apenas mercadológica, mas também socialmente responsável e inclusiva.

Impactos e previsões futuras

A legislação não possui caráter fiscalizatório, mas visa comprovar os diferenciais competitivos da carne mato-grossense e preparar a cadeia produtiva para possíveis restrições socioambientais no futuro. A expectativa é de que essa iniciativa não apenas valorize a carne do estado, mas também traga previsibilidade para os investidores e produtores que atuam dentro da legalidade.

Como finaliza Penido, “não existe carne mais sustentável no mundo do que a carne de Mato Grosso”. Essa afirmação reflete a ambição do estado em se tornar um modelo de produção responsável, alinhando-se às tendências globais e às exigências dos consumidores por produtos que respeitam o meio ambiente e as comunidades locais.

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