Análise do impacto econômico das principais cidades do Brasil.
Em 2023, 25 municípios brasileiros representaram mais de um terço do PIB do país.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continua a ser uma fonte de análise profunda sobre a economia nacional. Em 2023, 25 municípios concentraram 34,2% do PIB do país, de acordo com a mais recente publicação do IBGE, que traz dados cruciais sobre a produção de bens e serviços.
O cenário econômico das capitais
As cidades que lideram esse ranking são São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, que, apesar de manterem suas posições de destaque desde 2002, vêm observando uma gradual diminuição em sua participação no total do PIB. Em 2023, as capitais brasileiras representaram 28,3% do PIB, enquanto os municípios não capitais registaram 71,7% dessa produção. Essa mudança reflete um aumento na importância do setor de serviços, que tem se mostrado cada vez mais robusto, especialmente em São Paulo, onde houve um crescimento de 0,4 pontos percentuais, alcançando 9,7% do PIB nacional.
A força do setor de serviços
O aumento da participação do PIB nas capitais pode ser atribuído ao desempenho otimista do setor de serviços, que impulsionou cidades como Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro, cada uma com um crescimento de 0,1 ponto percentual. Por outro lado, Belo Horizonte se manteve estável, com variações mínimas.
Perdas significativas em municípios dependentes do petróleo
Entretanto, a análise também revela que as cidades atreladas à extração de petróleo estão enfrentando desafios. Entre as 30 cidades que mais perderam participação no PIB, sete estão diretamente relacionadas à indústria do petróleo. Maricá, Niterói, Saquarema, Ilhabela e Campos foram as mais afetadas, indicando uma tendência preocupante para esses municípios.
PIB per capita: desigualdade evidente
A disparidade econômica é ainda mais acentuada ao observar o PIB per capita. Saquarema lidera com impressionantes R$ 722,4 mil por habitante, enquanto Brasília ocupa o primeiro lugar entre as capitais, com R$ 129,8 mil, superando a média nacional de R$ 53,9 mil em 2,41 vezes. Em contrapartida, o município de Manari, em Pernambuco, registra o menor PIB per capita do país, com apenas R$ 7.201,70, refletindo a desigualdade econômica que persiste entre os diferentes cantos do Brasil.
Conclusão: um panorama complexo
Esses dados do IBGE revelam não apenas onde a riqueza está concentrada, mas também as fragilidades de um modelo econômico que depende de setores como o petróleo. A situação atual exige que políticas públicas se adaptem para fomentar um crescimento mais equilibrado e sustentável, garantindo que os benefícios do progresso econômico sejam distribuídos de forma mais equitativa entre todos os brasileiros.
