Ministro da Fazenda aborda temas cruciais para o futuro econômico do Brasil.
Fernando Haddad discute os desafios do Orçamento 2026 e defende sua credibilidade.
O cenário fiscal para 2026 é repleto de desafios, mas o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a proposta orçamentária é viável e fundamentada. Em coletiva de imprensa, realizada no dia 18 de novembro de 2025, Haddad afirmou que a equipe econômica está comprometida em reconstruir a trajetória de equilíbrio das contas públicas, destacando que a superação de déficits é um objetivo claro do governo.
O papel do Orçamento em tempos de crise
O Orçamento de 2026 surge em meio a um contexto de incertezas econômicas, e Haddad enfatiza que, apesar dos obstáculos, não há incoerência na peça orçamentária. Ele explicou que, em 2024, as receitas ordinárias superaram as extraordinárias, o que contribuiu para o cumprimento da meta de déficit zero, um marco importante para a administração atual.
Medidas e desafios a serem enfrentados
Haddad também abordou a crítica de que a equipe econômica poderia ter sido ingênua ao incluir projetos ainda não aprovados pelo Congresso. Ele defendeu que, ao elaborar o Orçamento, é imprescindível considerar as medidas necessárias para sustentá-lo, afirmando que a discricionariedade do ministro da Fazenda é limitada e que todo esforço fiscal é cuidadosamente planejado.
O ministro ressaltou que a reforma tributária, considerada uma de suas maiores conquistas, é crucial para a reestruturação econômica do país. Ele reconheceu que há muito a ser feito, mas argumentou que é preciso olhar para o ponto de partida do governo, que herdou uma situação fiscal caótica desde 2015.
O legado fiscal e a necessidade de reformas
Haddad fez uma análise crítica do legado deixado pelos ministros anteriores, apontando um déficit significativo herdado de R$ 180 bilhões e uma taxa de juros elevada. Ele destacou que o teto de gastos implementado no governo Michel Temer perdeu credibilidade e que a atual administração enfrenta desafios que exigem reformas estruturais para promover sustentabilidade fiscal a longo prazo.
Expectativas para o futuro
O Ministro manifestou a intenção de buscar melhorias na sustentabilidade dos gastos públicos e mencionou que o governo está mapeando possibilidades de ajustes que podem ser implementados em 2026. Nesse sentido, ele citou a importância de regulamentações, como o Imposto de Importação e o IOF sobre IPI, como alternativas para incrementar a arrecadação.
Haddad expressou a necessidade de um olhar mais atento sobre a execução orçamentária, ressaltando a importância das emendas impositivas e de bancada para garantir a eficácia do Orçamento. Ele defendeu que a execução deve ser feita conforme a legislação acordada com o Supremo Tribunal Federal, o que introduz um novo parâmetro para a gestão fiscal.
Críticas e fake news
Durante a coletiva, Haddad também se queixou do que considerou ser uma propagação de fake news sobre a sua gestão, mencionando episódios como a polêmica sobre a “taxa das blusinhas” e a confusão em torno do sistema de pagamentos Pix. Ele argumentou que muitas das críticas não levam em conta a complexidade da gestão fiscal e a responsabilidade atribuída a sua equipe.
O ministro concluiu reafirmando que, apesar dos desafios, a equipe econômica está comprometida em manter a credibilidade da gestão pública e em implementar as reformas necessárias para garantir um futuro econômico mais estável para o Brasil.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Jorge Silva



