Geraldo Alckmin analisa consequências das tarifas aumentadas.
Geraldo Alckmin comenta sobre o impacto da nova lei mexicana nas exportações do Brasil, estimando uma redução de US$ 600 milhões.
O impacto da nova lei mexicana, que aumentou as tarifas de importação, promete ser significativo para as exportações do Brasil. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a medida pode resultar em uma redução de até US$ 600 milhões nas vendas brasileiras para o México. A nova legislação, aprovada pelo Congresso mexicano no início de dezembro, estabelece um aumento de 35% nas tarifas de importação para 1,4 mil produtos de países que não possuem acordos comerciais com o México, incluindo o Brasil e a China.
Contexto da Nova Lei
A decisão do governo mexicano, liderado pelo partido da presidente Claudia Sheinbaum, visa impulsionar a produção nacional. As novas tarifas devem entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, conforme anunciado. Alckmin afirmou que os acordos que o Brasil já possui com o México, principalmente na área automotiva, não serão afetados. Em uma reunião recente com o embaixador do México no Brasil, Carlos García de Alba Zepeda, o vice-presidente expressou otimismo quanto ao futuro das relações comerciais entre os dois países.
Detalhes das Exportações
O setor de exportações brasileiras para o México, que em 2024 alcançou US$ 1,7 bilhão, deve enfrentar um impacto significativo devido à nova tarifa. Alckmin esclareceu que, inicialmente, a estimativa era de um impacto de US$ 1,6 bilhão, mas com as novas medidas, essa projeção caiu para US$ 600 milhões. Os produtos afetados incluem uma variedade de itens, mas o vice-presidente destacou que o Brasil está buscando aumentar as linhas tarifárias de preferência com o México e outros países, como Índia, Canadá e Emirados Árabes.
Caminhos Futuros
Alckmin também mencionou a necessidade de avançar nas negociações para mitigar os efeitos das tarifas. Ele alertou que apenas 22% das exportações brasileiras estão sujeitas a uma sobretaxa de 50% nos Estados Unidos, o que não compromete a competitividade do Brasil em outros mercados. O foco, segundo Alckmin, é continuar o trabalho para garantir que os produtos brasileiros possam ser mais bem posicionados no mercado internacional, especialmente em setores industriais que enfrentam dificuldades para se realocar.
A expectativa é que até julho de 2026, o Brasil consiga um entendimento com o México sobre as linhas tarifárias de preferência, o que poderá otimizar as relações comerciais entre os dois países e minimizar os impactos da nova legislação.



