Escândalo financeiro em Goiás: Thiago da Matta e Sicoob em foco

Investigações revelam fraudes de R$ 100 milhões no agronegócio.

O escândalo financeiro envolvendo Thiago da Matta Fagundes e o Sicoob abala o agronegócio em Goiás, com fraudes que somam R$ 100 milhões.

O escândalo financeiro que abalou Goiás em 2025 trouxe à tona a fragilidade do sistema de crédito rural, revelando um esquema de fraudes que envolveu o produtor rural Thiago da Matta Fagundes e diretores do Sicoob. As investigações, conduzidas pela Polícia Civil de Goiás, apontam para um esquema de fraudes que resultou em perdas superiores a R$ 100 milhões, afetando diversas vítimas no setor.

O contexto do escândalo financeiro

Thiago da Matta, um pecuarista influente em Porangatu, tornou-se o foco das investigações após uma denúncia feita pelo empresário Fabiano Alves Tavares. Fabiano havia transferido R$ 6,9 milhões a Thiago, com a expectativa de que o valor fosse utilizado para quitar dívidas com o Sicoob, permitindo o registro de três glebas de terras avaliadas em R$ 34 milhões. Contudo, essa quitação nunca ocorreu, resultando em sérios problemas para o comprador.

A situação se agravou quando Thiago da Matta, ainda utilizando as mesmas propriedades como garantia, firmou uma nova Cédula de Crédito Bancário no valor de R$ 14 milhões. A investigação revelou que o Sicoob estava ciente da transação, mas mesmo assim permitiu a renegociação da dívida, levantando questões sobre a responsabilidade da instituição financeira na supervisão de tais operações.

Detalhes das irregularidades

As apurações revelaram que Thiago da Matta não estava sozinho em suas ações. O inquérito revelou um esquema complexo que utilizava empresas de fachada e intermediários para contrair empréstimos significativos. Entre os lesados estão não apenas pequenos produtores rurais, mas também fundos de investimento e instituições financeiras.

Um dos episódios mais alarmantes foi a falsificação de escritura de uma propriedade avaliada em R$ 100 milhões para obtenção de crédito, demonstrando a audácia do esquema. O clima de medo e intimidação em Porangatu é palpável, com relatos de que muitos cidadãos temem represálias devido ao poder de influência de Thiago na região.

Consequências e próximos passos

Os delitos atribuídos aos envolvidos vão desde estelionato até lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão. O caso agora segue para o Ministério Público, que avaliará a possibilidade de formalizar uma denúncia à Justiça. A importância de uma revisão nos procedimentos de crédito rural é evidente, destacando a necessidade de maior rigor e controle que o sistema financeiro deve implementar.

A retrospectiva deste escândalo serve como um alerta para todos os envolvidos no agronegócio, evidenciando a vulnerabilidade do setor frente a fraudes e a urgência de medidas corretivas que garantam a integridade das operações financeiras. O desenrolar deste caso será acompanhado com atenção pelas autoridades, pela mídia e pela sociedade civil, que clamam por justiça e transparência.

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