A chegada do serviço Direct to Cell transforma a comunicação móvel.
Starlink no celular traz uma nova era de conectividade na América Latina.
A introdução do serviço Direct to Cell pela Starlink representa um marco significativo para a conectividade móvel na América Latina. Com essa inovação, celulares comuns podem se conectar diretamente a satélites, superando os desafios das redes telefônicas tradicionais. Essa mudança não só melhora a comunicação para usuários em áreas remotas, mas também promete um impacto profundo em setores como agronegócio e logística.
O que é o Direct to Cell?
Esta tecnologia da Starlink transforma satélites em verdadeiras torres de celular no espaço. Ao contrário dos métodos convencionais que requerem equipamentos complexos, o Direct to Cell permite que smartphones compatíveis se conectem diretamente aos satélites, utilizando os padrões de telefonia LTE. Isso significa que, ao entrar em áreas sem cobertura, o celular automaticamente se conecta ao sinal via satélite, contanto que haja uma linha de visão desobstruída para o céu.
O impacto na América Latina
O Chile foi o primeiro país a receber oficialmente este serviço, em colaboração com a operadora Entel. Essa iniciativa marca o início de uma expansão que deve atingir outros países latino-americanos, como o Brasil. A Starlink prioriza regiões com pouca ou nenhuma cobertura móvel, permitindo que pessoas em áreas rurais, florestas e regiões costeiras tenham acesso a comunicação básica.
Funcionalidades disponíveis
Neste primeiro momento, o serviço oferece funções essenciais, como o envio e recebimento de mensagens SMS, compartilhamento de localização em tempo real e chamadas de emergência. A navegação na internet e o uso de aplicativos populares estão previstos para serem liberados até o final de 2025, com uma expectativa de custo entre US$ 10 e US$ 15 por mês para essas funcionalidades avançadas.
Compatibilidade de dispositivos
Atualmente, mais de 50 modelos de smartphones são compatíveis com a tecnologia Direct to Cell, incluindo os iPhones das linhas 14, 15 e 16, e modelos das séries S e Z da Samsung. A lista deve crescer conforme mais dispositivos se tornem aptos a essa nova forma de conexão.
Perspectivas futuras
Além do impacto imediato na comunicação, a Starlink pode estar se preparando para se aventurar no mercado de telecomunicações. Registros recentes indicam que a empresa pode lançar sua própria operadora de telefonia móvel, o que poderia ampliar ainda mais sua influência no setor. Com mais de 650 satélites já operando com a tecnologia Direct to Cell, a Starlink se posiciona como a maior rede desse tipo no mundo.
Essa transformação na conectividade pode mudar a dinâmica de comunicação, especialmente em regiões onde a infraestrutura é escassa. Para a América Latina, e especialmente para países grandes como o Brasil, o celular conectado diretamente ao satélite representa uma revolução na forma como nos comunicamos e interagimos com o mundo.
