Entidade reafirma posição após proposta do Flamengo para melhorias
CBF decide não alterar regras sobre gramados sintéticos após proposta do Flamengo.
CBF e a decisão sobre gramados sintéticos para 2026
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que não fará alterações nas regras relativas aos gramados sintéticos para a temporada de 2026. A decisão foi tomada durante o Conselho Técnico realizado na quinta-feira (11). Essa escolha ocorre em meio a debates acalorados sobre a qualidade dos campos no futebol nacional.
Proposta do Flamengo e críticas ao uso de campos artificiais
Na última terça-feira (09), o Flamengo apresentou uma proposta à CBF, sugerindo a criação de um “Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro”. Luiz Eduardo Baptista, presidente do clube, expressou seu descontentamento com o uso de gramados sintéticos, afirmando que a aceitação dessa prática é uma vergonha para o país. Ele enfatizou que o Brasil não deveria se inspirar em países com climas adversos que necessitam desse tipo de campo.
“Vamos trabalhar abertamente contra isso, não só padronização, mas campo de plástico não. A posição do Flamengo é essa”, declarou Baptista, criticando também a ideia de que gramados sintéticos são uma solução viável para a realização de shows em estádios.
Resposta dos clubes que utilizam gramados sintéticos
Em resposta às declarações do Flamengo, clubes como Palmeiras, Athletico-PR, Atlético-MG, Chapecoense e Botafogo se uniram para defender o uso de gramados sintéticos. Eles afirmaram em nota oficial que a tecnologia é adotada de forma responsável e alinhada às melhores práticas internacionais. Os clubes ressaltaram que a falta de padronização no Brasil não deve ser atribuída apenas aos gramados sintéticos e que, em muitos casos, esses campos superam os naturais em condições inadequadas.
Debate sobre a qualidade dos gramados no Brasil
Os clubes que apoiam os gramados sintéticos destacaram que não existem evidências científicas que comprovem um aumento nas lesões por causa do uso desses campos. Para eles, o debate sobre a qualidade dos gramados deve ser conduzido com responsabilidade e fundamentado em dados objetivos, ao invés de simplificações que podem distorcer a realidade.
Esse tema continua a ser uma questão de grande relevância no cenário do futebol brasileiro, especialmente à medida que a tecnologia avança e os clubes buscam alternativas que possam garantir a segurança e a qualidade do jogo.
Conclusão
A decisão da CBF de manter as regras atuais demonstra a complexidade do debate sobre gramados sintéticos. Enquanto um dos clubes mais tradicionais do país se opõe à sua utilização, outros defendem sua adoção responsável, criando um panorama diversificado e polêmico no futebol brasileiro.
Fonte: esporte.ig.com.br
Fonte: Allianz Parque / Staff Images
