Audiência pública destaca a importância do espaço e os riscos da privatização.
A Assembleia Legislativa do Paraná debateu a preservação do Bosque da Copel em audiência pública, destacando os riscos da privatização do espaço.
A preservação do Bosque da Copel se tornou um tema urgente e debatido na Assembleia Legislativa do Paraná. Em uma audiência pública realizada no último dia 15 de dezembro de 2025, o espaço verde, que representa um refúgio ecológico em Curitiba, foi o centro das discussões sobre os riscos associados à sua privatização.
Importância do Bosque da Copel
O Bosque da Copel, com aproximadamente 47 mil metros quadrados de mata nativa, não é apenas uma área de lazer, mas um habitat essencial para diversas espécies ameaçadas, como a anta e o gato-maracajá. Durante a audiência, o deputado Arilson Chiorato (PT), que propôs o evento, ressaltou que a venda do bosque para a construção de edifícios representa um dano ambiental irreversível, colocando em risco o equilíbrio climático da região e a qualidade de vida dos curitibanos.
Chiorato criticou também a falta de transparência no processo de venda, que ocorreu em setembro de 2024. Ele questionou o sigilo que envolve a negociação e a identidade dos compradores, afirmando que, apesar de ser tratado como um negócio privado, o bosque possui uma função social e ambiental que não pode ser ignorada. “É inadmissível que um espaço que é da cidade seja tratado como mercadoria”, declarou.
Críticas à Privatização
A vereadora Vanda de Assis (PT) e outros participantes do debate reforçaram as críticas à privatização da Copel, ligando a questão do bosque a um problema mais amplo que afeta a qualidade dos serviços e a perda do patrimônio coletivo do Paraná. Vanda enfatizou que o bosque não pertence a um bairro específico, mas sim a toda a cidade, e expressou a indignação da população contra a destruição desse espaço.
A vereadora Lais Leão (PT), que participou remotamente, informou que a Copel confirmou a venda, mas não revelou para quem. Ela ressaltou que não existem projetos em aprovação para o local e que um protocolo para o tombamento do bosque foi iniciado, o que garantiria sua proteção até que o Conselho de Patrimônio deliberasse sobre o caso.
Urgência da Questão Ambiental
Verônica Rodrigues, da SOS Arthur Bernardes, abordou a urgência de tratar a pauta ambiental como prioritária, destacando que os danos já são evidentes e que ações como o corte de árvores em Curitiba não podem ser toleradas. A advogada e suplente de vereador Matteus Henrique também participou, alertando sobre os efeitos das mudanças climáticas que já afetam a cidade e a necessidade de união para combater essas ações prejudiciais.
Amanda Meireles, do Grupo Bosque da Copel, expressou sua preocupação com a venda da área: “Estamos caminhando para um ecocídio. O meio ambiente não é uma mercadoria e não deve ser usado como barganha política”. Outros representantes de movimentos ambientais também contribuíram, reforçando a necessidade de proteger o Bosque da Copel como um bem público vital.
As discussões revelam um forte clamor social pela proteção do Bosque da Copel, destacando a importância de um debate mais amplo sobre os impactos da privatização e a necessidade de preservar o patrimônio ambiental da cidade.
Fonte: www.assembleia.pr.leg.br
Fonte: Valdir Amaral/Alep

