Nvidia planeja retomar envios de chips de IA à China em 2025

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Expectativa de envio e desafios regulatórios

A Nvidia planeja iniciar envios de chips de IA para a China em 2025, mas precisa da aprovação do governo local.

A expectativa de novos envios

A Nvidia, reconhecida por sua liderança em tecnologia de inteligência artificial, anunciou planos para retomar os envios de chips H200 à China a partir de fevereiro de 2025. Este movimento é aguardado com grande expectativa, especialmente por empresas chinesas como Alibaba e ByteDance, que visam aproveitar o desempenho superior deste novo chip. Contudo, a realização desse plano enfrenta um obstáculo significativo: a necessidade de aprovação do governo chinês, que ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

O contexto dos chips de IA

Os chips H200 são parte da geração Hopper da Nvidia, que, embora já estejam sendo substituídos por modelos mais novos, como os chips Blackwell, continuam a ser amplamente utilizados em aplicações de IA. A expectativa inicial é que a Nvidia consiga enviar entre 5.000 a 10.000 módulos, totalizando cerca de 40.000 a 80.000 chips. A empresa também indicou que planeja aumentar sua capacidade de produção para atender à demanda futura, com a abertura de novos pedidos prevista para o segundo trimestre de 2026.

Desafios e regulamentação

Entretanto, a autorização para esses envios não é garantida. A Nvidia, assim como outras empresas que buscam operar na China, enfrenta uma série de regulamentações e restrições que podem impactar seus planos. A situação se complica ainda mais pelo histórico recente de tensões entre os Estados Unidos e a China, especialmente em questões de tecnologia. O governo americano, sob a administração de Donald Trump, já havia imposto uma taxa de 25% sobre as vendas de chips para a China, e as decisões atuais dependem de uma revisão das políticas de exportação que foram alteradas pela administração Biden.

Impactos na indústria de IA

Para o mercado chinês, o H200 representa um avanço significativo em termos de capacidade de processamento, oferecendo cerca de seis vezes mais desempenho em comparação com a versão H20, que foi criada especificamente para o mercado chinês. No entanto, as autoridades locais estão avaliando se a liberação das importações de chips de IA pode atrasar o desenvolvimento da indústria de semicondutores nacional, que ainda busca alcançar o nível tecnológico dos produtos da Nvidia. Essa análise é crucial para entender o equilíbrio entre a necessidade de inovação e o fortalecimento da capacidade local de produção.

Diante desse cenário, a expectativa é que as próximas semanas tragam mais clareza sobre a viabilidade dos envios e as decisões do governo chinês, que podem impactar não apenas a Nvidia, mas todo o ecossistema de tecnologia na região.

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