Decisão marca um novo capítulo na política energética do país.
O Japão aprova a reativação da usina de Fukushima, quase 15 anos após o desastre, em meio a controvérsias.
O impacto da reativação nuclear no Japão
O Japão decidiu reativar a usina nuclear de Fukushima, quase 15 anos após o desastre que abalou a confiança pública na energia nuclear. Esta reabertura é um movimento estratégico para diminuir a dependência de combustíveis fósseis e garantir a segurança energética do país. A decisão foi aprovada pela Assembleia Legislativa da província de Niigata, e reflete uma mudança na postura do governo japonês em relação à energia nuclear, após anos de hesitação e reavaliação.
Histórico do desastre de Fukushima
Em março de 2011, o Japão foi atingido por um terremoto seguido de um tsunami devastador, que resultou em um dos piores acidentes nucleares da história na usina de Fukushima Daiichi. Desde então, o país paralisou a maioria de suas instalações nucleares, e a confiança pública na energia nuclear caiu drasticamente. A reativação do complexo nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, o maior do mundo, é um passo audacioso em direção à recuperação do setor.
Detalhes sobre a reativação
A Tokyo Electric Power Company (TEPCO), responsável pela usina de Fukushima, poderá reiniciar a operação de um dos reatores do complexo já no próximo ano. O primeiro reator terá uma capacidade de 1,36 GW, com a expectativa de que uma segunda unidade similar seja ativada até 2030. Essa reativação pode fornecer energia suficiente para abastecer milhões de residências, contribuindo significativamente para a matriz energética do Japão.
A resistência da população
Apesar das vantagens econômicas esperadas, a reativação nuclear enfrenta forte oposição entre a população local. Uma pesquisa recente indicou que cerca de 60% dos residentes de Niigata ainda não confiam nas condições de segurança, e quase 70% expressaram desconfiança em relação à gestão da TEPCO. Protestos com ampla participação popular foram registrados durante as votações, refletindo as preocupações sobre os riscos associados à energia nuclear.
Conclusão e próximos passos
Para tentar apaziguar as preocupações, a TEPCO anunciou um investimento significativo na região, planejando alocar recursos nos próximos dez anos para promover o desenvolvimento econômico local e aumentar a aceitação social. O futuro da energia nuclear no Japão é incerto, mas esta reativação pode marcar um novo capítulo na política energética do país, que busca equilibrar segurança, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.



