Quadrilha utiliza credenciais válidas para soltar presos irregularmente.
Uma quadrilha de hackers manipulou logins de juízes em Minas Gerais, resultando na soltura irregular de presos.
Consequências alarmantes da fraude
A recente prática criminosa em Minas Gerais, onde hackers utilizaram credenciais legítimas de juízes para liberar presos, levanta sérias preocupações sobre a segurança dos sistemas judiciais. O acesso indevido ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não apenas permitiu a simulação de decisões judiciais, mas também expôs vulnerabilidades que podem ser exploradas por outros grupos criminosos.
A mecânica da invasão
Os hackers, ao obterem logins e senhas de juízes, conseguiram acessar o Banco Nacional de Mandados de Prisão. Com esse acesso, foram capazes de inserir ordens de soltura falsas, manipulando informações que deveriam ser geridas apenas por magistrados. Essa técnica de fraude revela uma crescente sofisticação nas operações de cibercrime e a necessidade urgente de medidas de segurança mais robustas.
Detalhes do incidente
Na última semana, quatro presos foram liberados de forma irregular, e essa situação só foi descoberta após a saída deles do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais confirmou que todas as ordens fraudulentas foram anuladas, mas a questão permanece: como as credenciais foram obtidas? As investigações do CNJ e do TJMG estão em andamento e buscam esclarecer a origem das credenciais e se houve alguma falha de segurança.
Medidas e reações
Como resposta imediata, o governo de Minas Gerais anunciou um atraso na concessão de novas ordens de soltura, visando checar a autenticidade das decisões judiciais. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública, em conjunto com o TJMG, está trabalhando para identificar os responsáveis e evitar futuros incidentes. A situação evidencia a necessidade de uma revisão das práticas de segurança e da proteção de dados sensíveis no sistema judicial brasileiro.
Esse caso não é isolado, e a comunidade da segurança da informação deve estar atenta a como essas brechas podem ser exploradas em outras áreas. O incidente também levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas de segurança cibernética e a importância de treinar os funcionários sobre práticas de segurança digital.



