A Polícia Federal deflagrou uma operação de grande impacto nesta quarta-feira, culminando na prisão de Rodrigo de Melo Teixeira, ex-chefe da Diretoria de Polícia Administrativa. Teixeira, que ocupava o terceiro cargo mais alto na hierarquia da PF, exerceu a função entre 2023 e 2025, sendo nomeado no início da gestão do atual diretor-geral, Andrei Rodrigues.
A prisão do ex-diretor é um desdobramento de uma investigação sobre um esquema de corrupção que envolve órgãos ambientais. Além da prisão de Teixeira, a operação da PF cumpriu 22 mandados de prisão em Minas Gerais, ampliando o alcance da investigação.
A Diretoria de Polícia Administrativa, liderada anteriormente por Teixeira, é responsável por áreas consideradas sensíveis, como o controle de armas, a segurança privada e a imigração. A PF ainda não detalhou as circunstâncias específicas da prisão de Teixeira, nem seu alegado envolvimento com os principais alvos da operação.
No ano passado, Teixeira integrou o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, por indicação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Sua trajetória no setor público inclui ainda cargos como secretário-adjunto da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais e presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente.
Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração, também foi preso na mesma operação. As investigações apontam para um esquema com mais de 40 empresas envolvidas, com solicitação de afastamento de servidores, bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos e suspensão das atividades das empresas sob suspeita.
Fonte: http://revistaoeste.com