Partidos de esquerda organizaram manifestações em diversas cidades do país, expressando forte oposição ao projeto de lei da Anistia e à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Prerrogativas. Os atos, que reuniram militantes desde as primeiras horas da manhã, foram marcados por discursos inflamados e críticas contundentes ao Congresso Nacional. O lema central dos protestos, “Congresso inimigo do povo”, ecoa a narrativa de confronto entre o governo e o legislativo.
Em Salvador, um vídeo divulgado nas redes sociais revelou manifestantes cantando “Fascista a gente queima”, enquanto dançavam vestidos de vermelho, cor emblemática do Partido dos Trabalhadores (PT). Em Brasília, manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República, exibindo faixas e bandeiras do PT, além de um boneco inflável representando o ex-presidente Jair Bolsonaro como um monstro. O senador Humberto Costa (PT-PE) manifestou apoio aos atos, declarando que “Não haverá trégua a golpistas e entreguistas”.
A Câmara dos Deputados aprovou a urgência da anistia com uma votação expressiva de 311 votos favoráveis, contra 163. Este resultado representou uma vitória significativa para a oposição e um revés para o governo Lula. Em resposta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, criticou duramente a aprovação da urgência da anistia e da PEC das Prerrogativas, chegando a publicar uma declaração nas redes sociais.
“Sou totalmente contrário a essas propostas, que não fazem o menor sentido”, escreveu o ministro antes de apagar a postagem. A PEC das Prerrogativas também foi alvo de controvérsia, especialmente a emenda que estabelece voto secreto nas análises de pedidos do STF para processar parlamentares. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou a nova votação da emenda e ameaçou acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a aprovação do dispositivo.
Fonte: http://revistaoeste.com
