Os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo enfrentam uma situação crítica. Em setembro, o volume total de água armazenada atingiu o menor patamar desde 2015, chegando a apenas 31,9% da capacidade. O Sistema Cantareira, crucial para o abastecimento, opera com 29,3%, enquanto o Alto Tietê registra 25,4% e o Guarapiranga, 47%.
Diante desse cenário de estiagem prolongada, a Sabesp intensificou as medidas de gerenciamento da pressão da água. A partir desta segunda-feira (22), a redução da pressão será aplicada por 10 horas diárias, das 19h às 5h. Anteriormente, a medida vigorava por 8 horas, das 21h às 5h, com a expectativa de otimizar a economia de água.
De acordo com a Sabesp, a implementação da redução da pressão desde 27 de agosto já resultou em uma economia de aproximadamente 4,2 metros cúbicos por segundo. Esse volume seria suficiente para abastecer cerca de 800 mil pessoas durante um mês. A ampliação do período de restrição deve gerar uma economia ainda maior.
Thiago Mesquita Nunes, diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP), destaca a atipicidade do mês de setembro. “O mês tem sido atipicamente seco, com apenas 0,2 mm de chuva na região do Cantareira, muito abaixo da média de 80 mm para o período”, explica. Ele complementa que o consumo de água se manteve estável, o que exigiu medidas mais rigorosas.
As autoridades monitoram de perto a situação e apelam para o uso consciente da água pela população. A colaboração de todos é fundamental para mitigar os impactos da crise hídrica e garantir o abastecimento na Grande São Paulo. A expectativa é que as próximas semanas tragam chuvas que possam aliviar a situação dos reservatórios.
Fonte: http://jovempan.com.br