A Justiça do Distrito Federal impôs medidas protetivas contra Rutendo Faith Sagwete, ministra conselheira da Embaixada do Zimbábue no Brasil, após denúncias de assédio e condições de trabalho abusivas feitas por uma funcionária. A vítima, Monalisa Maparura, de 27 anos, alega ter sido forçada a prestar serviços íntimos além de suas funções originais como cozinheira.
Segundo o site Metrópoles, a denúncia detalha que Sagwete mantinha posse dos documentos pessoais de Maparura, incluindo passaporte e comprovantes de vacinação. A jovem relatou uma rotina de abusos que incluía massagens em áreas íntimas e auxílio em banhos, sob o pretexto de tratamento de ferimentos.
O 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Brasília concedeu a medida protetiva, proibindo a diplomata de se aproximar da vítima a menos de 300 metros ou de manter qualquer contato, sob pena de prisão preventiva. A jovem está agora em um local seguro com endereço protegido, conforme informações do portal g1.
De acordo com o relato da vítima, ela residia na casa da diplomata no Lago Sul e, em uma tentativa desesperada de escapar dos abusos, chegou a dormir nas escadas do jardim. Ela também afirma que teve a saúde negligenciada, sendo impedida de buscar atendimento médico em diversas ocasiões, inclusive durante uma grave infecção dentária. “Inicialmente, as massagens se restringiam às pernas. Depois, incluíram costas, seios e áreas íntimas”, detalhou Maparura.
Em um ato de desespero, Maparura tentou suicídio em 9 de abril, ingerindo veneno. Felizmente, foi socorrida por um motorista de aplicativo que a encaminhou ao hospital. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acompanha o caso, que segue sob investigação. Até o momento, a embaixada do Zimbábue não se manifestou sobre as acusações.
Fonte: http://revistaoeste.com
