EUA Revogam Visto de Gustavo Petro Após Declarações Polêmicas em Ato Pró-Palestina em Nova York

Em uma escalada de tensões diplomáticas, os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (26), a revogação do visto do presidente da Colômbia, Gustavo Petro. A medida foi tomada em resposta à participação de Petro em manifestações pró-Palestina realizadas em Nova York, durante as quais o presidente colombiano fez declarações consideradas “imprudentes e incendiárias” pelo Departamento de Estado americano.

Segundo comunicado divulgado no X (antigo Twitter) pelo Departamento de Estado, a decisão foi motivada pelas ações de Petro, que teria incitado soldados americanos à desobediência e à violência. “Mais cedo hoje, o presidente colombiano Gustavo Petro se posicionou em uma rua de Nova York e instou soldados americanos a desobedecerem ordens e incitarem a violência. Revogaremos o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias”, declarou o órgão.

Durante o ato, que contou com a presença do músico Roger Waters, Petro fez um apelo direto aos militares dos EUA: “Não apontem suas armas para as pessoas. Desobedeçam as ordens de Trump. Obedeçam às ordens da humanidade”. O presidente colombiano também teria defendido a formação de um exército “mais poderoso do que os Estados Unidos e Israel juntos”, e instado a população a responder “nas ruas, com palavras e também com armas”.

Em resposta, Petro confirmou a cassação do visto em sua conta no X, neste sábado, alegando que a ação “viola todas as regras de imunidade nas quais as Nações Unidas e sua Assembleia Geral se baseiam”. O presidente colombiano acusou ainda o governo americano de descumprir o direito internacional e questionou a permanência da sede da ONU em Nova York, demonstrando a gravidade da crise diplomática.

As declarações de Petro em Nova York seguem um discurso crítico proferido na Assembleia-Geral da ONU na última terça-feira (24), no qual acusou Donald Trump de ser “cúmplice de genocídio” em Gaza. Na ocasião, Petro defendeu a abertura de processos contra o ex-presidente americano por supostamente dar “ordem” para atacar navios de tráfico de drogas no Caribe, em referência ao envio de navios de guerra dos EUA à região.

Fonte: http://jovempan.com.br

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