A denúncia do deputado federal Filipe Barros sobre o financiamento da USAID nas eleições de 2022 reacende o debate sobre a influência estrangeira no processo eleitoral brasileiro. Embora não seja uma novidade completa, a revelação reforça as alegações levantadas em 2024 pelo relatório da Civilization Works (CW), do jornalista Michael Shellenberger.
O relatório da CW detalhou uma complexa rede de influência que conecta agências do governo Biden ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a veículos de mídia de esquerda. Essa influência se manifestou através de ONGs, consórcios de “checagem de fatos” e campanhas contra as chamadas “fake news” e “discurso de ódio”, termos frequentemente utilizados de forma ampla e subjetiva.
A crítica central reside na aparente contradição da esquerda brasileira. Enquanto clamam contra sanções americanas e defendem a “soberania nacional”, esses mesmos grupos teriam se beneficiado de uma intervenção estrangeira ainda mais profunda e decisiva durante as eleições, sob o pretexto de “cooperação internacional”.
Luís Roberto Barroso, ministro do STF, chegou a admitir publicamente ter buscado essa interferência, levantando questionamentos sobre a real independência do judiciário brasileiro. Como alertava Machado de Assis, “Um poeta não é nacional só porque insere nos seus versos muitos nomes de flores ou aves do país…”, mas sim quando a imaginação lhe dá toques naturais e autênticos.
A denúncia de Filipe Barros expõe o que muitos consideram uma “soberania de ocasião”. Para críticos, a retórica nacionalista serve apenas para proteger um projeto de poder ameaçado, revelando um apreço questionável pela pátria e pelos valores genuinamente brasileiros.
Fonte: http://revistaoeste.com