O renomado jurista Ives Gandra da Silva Martins manifestou seu apoio ao voto do ministro Luiz Fux no contexto da Ação Penal 2668, que investiga os eventos de 8 de janeiro. Gandra, com uma carreira de 68 anos na advocacia, expressou discordância com as penas consideradas excessivas impostas aos envolvidos, chegando a 16 anos de prisão.
Em um artigo publicado, Gandra questiona a narrativa de tentativa de golpe, argumentando que a ausência de mobilização das Forças Armadas descaracteriza tal alegação. “Não houve golpe, nem tentativa, pois nenhum soldado foi mobilizado e nenhum comandante militar agiu para tal”, afirmou o jurista, que lecionou por 33 anos na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
Gandra, conhecido por seu respeito aos ministros do STF, ressalta a importância do direito de defesa em um regime democrático. Contudo, o jurista critica a condução do processo, alegando que o ministro relator teria feito declarações prévias sobre o desfecho e incluído atos extra-magistratura na análise.
O jurista enfatiza a importância do ministro Fux, destacando que ele é o único magistrado de carreira na 1ª Turma do STF. Gandra elogia a competência de Fux em matéria processual, ressaltando sua participação na elaboração do atual Código de Processo Civil.
Por fim, Ives Gandra defende a necessidade de pacificação no país e sugere que a anistia seria um caminho para superar as tensões e radicalizações. “O Brasil não crescerá enquanto mantivermos radicalizações que só aumentam as tensões e, pior, o ódio entre irmãos brasileiros”, conclui o jurista.
Fonte: http://revistaoeste.com
