A Polícia Federal aprofunda investigações sobre um esquema de possível venda de sentenças, e um novo capítulo revela o pagamento de R$ 1,1 milhão à Catarina Buzzi, filha de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação crucial emergiu a partir de mensagens encontradas no celular de um lobista, evidenciando a transferência de valores. O caso levanta sérias questões sobre a integridade do sistema judicial.
As mensagens, que foram apreendidas durante a operação, detalham a transação financeira suspeita. Segundo fontes da PF, a análise do conteúdo do aparelho do lobista corroborou a existência do pagamento à filha do magistrado. A natureza exata da contrapartida para tal quantia ainda está sob investigação, mas a suspeita central recai sobre influência em decisões judiciais.
“Estamos apurando todos os desdobramentos e a relação entre os envolvidos”, afirmou um investigador da Polícia Federal, que preferiu não se identificar. A PF concentra esforços em rastrear o fluxo do dinheiro e entender se a quantia está ligada a alguma sentença específica no STJ. A investigação corre em sigilo para não comprometer as apurações.
O ministro do STJ e sua filha ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações. A revelação do pagamento milionário intensifica o escrutínio sobre a conduta de membros do judiciário e reacende o debate sobre a necessidade de mecanismos mais robustos para garantir a transparência e a imparcialidade nas decisões judiciais.
