Bolívia elege Rodrigo Paz e encerra ciclo de governos de esquerda em pleito histórico

Rodrigo Paz Pereira foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19), obtendo 54,53% dos votos válidos no segundo turno, conforme dados do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) com 97% das urnas apuradas. O pleito, que registrou uma participação recorde de 89%, marca o primeiro processo presidencial com segundo turno na história política boliviana, sinalizando uma nova era no país.

A votação, acompanhada de perto pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela União Europeia, foi elogiada pela sua transparência e pela ausência de incidentes significativos. Mais de 7,9 milhões de cidadãos bolivianos exerceram seu direito ao voto neste momento crucial para o futuro da nação.

Economista de 58 anos, ex-prefeito de Tarija e atual senador, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), de centro-direita, construiu sua campanha sobre uma plataforma liberal na economia, com propostas de reconstrução institucional, crescimento inclusivo e reconciliação nacional. Ele é filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora.

A vitória de Paz reflete o anseio por mudanças expressado por diversos setores da sociedade, incluindo comunidades indígenas, áreas rurais e a classe média urbana, todos impactados pela inflação, recessão e problemas de abastecimento. O esvaziamento eleitoral do Movimento ao Socialismo (MAS), que obteve apenas 3% dos votos no primeiro turno, também contribuiu para o novo cenário político.

Entre as prioridades do novo governo, que assume o cargo em 22 de janeiro de 2026, estão a reativação da economia, a diversificação produtiva, o combate à desigualdade, a reforma do sistema judicial e a retomada do diálogo com setores indígenas e forças políticas de oposição. Paz busca estabelecer um ambiente de estabilidade e previsibilidade institucional, com foco na integração de territórios marginalizados e no fortalecimento da coesão social.

Em seu discurso de vitória, realizado em La Paz, Rodrigo Paz declarou: “A Bolívia falou alto e claro: queremos unidade, estabilidade e oportunidades para todos. Hoje fechamos feridas e abrimos portas para o progresso”. A fala foi celebrada por apoiadores e movimentos de direita, demonstrando o momento de transição e as expectativas em torno do novo governo.

Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *