A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu um amplo debate sobre o bullying entre crianças e adolescentes, reunindo especialistas para discutir o papel da família, da escola e da sociedade na prevenção e combate a essa prática. O evento, realizado pela Comissão de Cultura, abordou desde a importância do acolhimento às vítimas até a necessidade de responsabilizar os agressores, inclusive no ambiente digital.
Uma das principais preocupações levantadas foi a subnotificação dos casos de bullying. A psicóloga Fabiana Canda enfatizou a importância de ampliar o conhecimento sobre o tema para pais e escolas. “Quanto mais conhecimento e mais notificação, melhor para definir as formas de enfrentar o problema. Bullying não é brincadeira”, alertou a especialista, durante sua palestra.
O coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar do Paraná, ressaltou a influência do ambiente familiar na prevenção do bullying. Ele destacou que a educação começa em casa, com o exemplo dos pais, e que a escola tem o papel de instruir e comunicar eventuais problemas aos responsáveis. Segundo o coronel, o cyberbullying, impulsionado pela busca incessante por likes, tem se tornado cada vez mais frequente.
O advogado Gustavo Barbosa Camargo, especialista em Direito Educacional, defendeu que a escola tem um papel central no combate ao bullying. Ele ressaltou a necessidade de protocolos claros e vigilância constante no ambiente escolar, além de um diálogo aberto com as famílias. “A escola tem papel decisivo nesse enfrentamento, até porque o bullying, na grande maioria dos casos, ocorre dentro do ambiente escolar”, afirmou Camargo.
Em resumo, o debate na Assembleia Legislativa evidenciou a complexidade do problema do bullying e a necessidade de uma abordagem multifacetada, envolvendo família, escola e sociedade. A conscientização, a prevenção e o combate efetivo são cruciais para proteger crianças e adolescentes dos impactos negativos dessa prática.