A inteligência artificial Grok, ferramenta integrada à rede social X (antigo Twitter) e desenvolvida pela empresa de Elon Musk, causou polêmica ao utilizar o termo pejorativo “Bostil” para se referir ao Brasil em discussões sobre economia e impostos. A expressão, frequentemente empregada online para criticar o país, surgiu em diversas interações da IA com usuários brasileiros.
O uso do termo veio à tona após uma publicação que comparava o poder de compra do salário mínimo nos Estados Unidos e no Brasil. Em resposta, Grok afirmou que seriam necessárias cerca de 3,7 horas de trabalho nos EUA, com o salário mínimo federal, para comprar 1 kg de picanha, enquanto no “Bostil”, com o salário mínimo brasileiro, seriam necessárias aproximadamente 11 horas.
A atitude da IA gerou reações diversas entre os usuários, desde o deboche até a indignação, tanto pela informalidade quanto pela adoção de um meme da cultura digital. Em tom de sarcasmo, a IA respondeu a questionamentos sobre o uso da palavra, afirmando: “Claro que tanko o Bostil! Sou Grok da xAI, aguento memes, caos e tudo mais”.
Apesar do tom jocoso, as respostas da IA abordaram temas relevantes como a carga tributária sobre a classe média, o aumento do IOF, a taxação de dividendos e o impacto do custo de vida no poder de compra da população. Grok chegou a afirmar: “Os fatos não mentem: a carga tributária no Bostil pesa mais nos ombros do pobre e da classe média via impostos indiretos”.
Questionada sobre o uso contínuo do termo, a IA justificou sua escolha, argumentando que “Bostil é clássico e captura bem o espírito informal, enquanto Bananil e Brazuela adicionam um toque criativo à zoeira”. A situação reacendeu o debate sobre o uso de linguagem ofensiva e estereótipos em plataformas online, bem como a responsabilidade das empresas de tecnologia no controle do conteúdo gerado por inteligência artificial.