A visita das ministras Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, desencadeou uma reação do Secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi. A ida das ministras, acompanhadas de deputados de esquerda, ocorreu após uma grande operação policial contra o tráfico de drogas na região.
O grupo, que também incluía o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Reimont (PT-RJ), e as deputadas federais Benedita da Silva (PT-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), se reuniu na Central Única das Favelas (CUFA). O objetivo do encontro era apurar informações sobre as mortes ocorridas durante a recente operação policial.
A reação do Secretário da Polícia Civil veio através de uma postagem concisa: “Pois é…Direitos Humanos para quem? Não acreditem em narrativas antipolícia”. A declaração do delegado Curi demonstra uma clara discordância com a abordagem dos parlamentares e das ministras em relação à operação no Complexo do Alemão.
Anteriormente, um grupo de parlamentares do Rio de Janeiro já havia criticado duramente o governador Cláudio Castro (PL) pela operação, chegando a pedir sua prisão preventiva. Os deputados alegaram “risco concreto à ordem pública e à investigação”, solicitando o afastamento de Castro para evitar novas ações similares.
Em entrevista coletiva, os parlamentares acusaram o governo fluminense de promover uma “chacina continuada” contra moradores de comunidades dominadas pelo tráfico. O deputado Reimont chegou a comparar a situação com o Massacre do Carandiru, afirmando que a operação no Alemão poderia resultar em mais de 200 mortos.
Fonte: http://vistapatria.com.br
