A Câmara dos Deputados aprovou, com 317 votos a favor e 111 contra, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL-03) que altera as diretrizes para a realização de abortos legais em crianças e adolescentes. A votação, que agora segue para o Senado, expôs diferentes posicionamentos entre os parlamentares, inclusive na bancada do Paraná.
No Paraná, a divisão ficou marcada: 21 deputados federais votaram a favor do projeto, enquanto apenas 5 se posicionaram contrários. Os votos contrários foram integralmente de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT), demonstrando uma clivagem ideológica clara em relação ao tema.
O PDL-03 contesta uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Essa resolução estabelece que menores de 18 anos vítimas de abuso sexual, com risco de vida ou grávidas de fetos anencéfalos têm o direito ao aborto legal, direito este que o projeto busca restringir.
A deputada Carol Dartora (PT), uma das vozes contrárias ao projeto, manifestou sua indignação nas redes sociais. “Votei NÃO porque o Estado deve proteger meninas violentadas, não condená-las a reviver a dor de uma violência”, declarou a parlamentar, enfatizando a necessidade de amparo às vítimas.
Em contrapartida, o deputado Filipe Barros (PL) comemorou a aprovação do projeto, classificando-a como uma “vitória da vida”. Segundo ele, a medida reafirma o compromisso com a defesa da vida, em contraponto ao que considera uma “cultura da morte” promovida pelo governo Lula.
Confira a seguir como votou cada um dos deputados federais do Paraná:
[Tabela com votos dos deputados]
Este debate acirrado reflete a complexidade e a sensibilidade do tema do aborto legal no Brasil, com implicações diretas nos direitos e na proteção de crianças e adolescentes.
Fonte: http://ric.com.br
