Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, quebrou o silêncio durante seu depoimento na CPMI do INSS nesta quinta-feira, 25. Ele alegou ser vítima de uma “narrativa fantasiosa” orquestrada para incriminá-lo, negando veementemente as acusações de envolvimento em fraudes contra aposentados.
“Sempre acreditei que a verdade, baseada em fatos e documentos, prevaleceria sobre a mentira, a inveja e a calúnia disseminadas desde o início desta investigação”, declarou Antunes, buscando refutar as alegações que o associam a esquemas ilícitos. O empresário se mostrou disposto a se defender das acusações.
O empresário também alegou que sua prisão preventiva foi motivada por informações falsas fornecidas por um ex-parceiro comercial. Segundo ele, o indivíduo tentou extorqui-lo e, após a tentativa falhar, levou denúncias infundadas à Polícia Federal, desencadeando o processo que culminou em sua detenção.
“As premissas que fundamentaram a minha prisão preventiva chegaram ao conhecimento do ministro André Mendonça de forma absolutamente equivocada e baseada em informações mentirosas”, argumentou Antunes. Ele enfatizou: “É preciso afirmar, com toda a firmeza, que jamais tentei obstruir qualquer investigação.”
Em um tom desafiador, Antunes anunciou que não responderá às perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). Ele justificou sua decisão alegando que Gaspar já o havia julgado e condenado publicamente, antes mesmo de ouvi-lo, comprometendo a imparcialidade do processo.
Rejeitando o apelido que o tornou conhecido, Antunes acusou a mídia e seus adversários de criarem um personagem fictício para difamá-lo. “O denominado Careca do INSS não reflete quem eu sou, tampouco condiz com a minha história”, afirmou, buscando desvencilhar-se da imagem negativa associada ao apelido.
Fonte: http://revistaoeste.com
